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Durante desocupação de área, barracos são demolidos e moradores alegam que a ação foi comandada por homens armados

Cerca de 20 barracos foram destruídos durante a desocupação de uma área em Araguaína, norte do estado, nesta segunda-feira (6). Os moradores disseram que não foi apresentada qualquer decisão judicial que autorizasse a ação. Eles alegaram ainda que 15 homens armados participaram da demolição para intimidar os moradores.

 

Três acampamentos tinham sido montados há cerca de oito meses na área conhecida como Alto Jericó, que conta com mais de 200 hectares. No local, moravam mais de mil famílias.

 

O lavrador Cazuza Castro perdeu o pouco que tinha. Ele morava na rua, mas há quatro meses tinha conseguido construir um barracão por meio de doações. Pelos destroços, ele tentou recuperar algo. Agora, ele não tem mais lugar para morar.

 

“[Me falaram] Seu Cazuza estão derrubando a sua casa. Não deu tempo, eles já tinham derrubado. Foi saindo por aí derrubando o dos outros, não deu tempo de pegar nada”, disse ele.

 

O líder da associação de moradores da Ocupação, Aderaldo Bento Alves, registrou um boletim de ocorrência. Segundo os moradores, a empresa que fez a demolição e que diz ser a proprietária do local não apresentou qualquer documentação.

 

“As famílias que se encontram morando nesse acampamento não tiveram oportunidades sequer de se defender. Chegaram por volta de 5h da manhã, com trator, a média de 15 homens armados invadindo as casas das pessoas”, disse.

 

Segundo as informações, a área foi doada pelo governo federal ao município de Araguaína na década de 60. Depois, a terra teria sido doada para uma empresa imobiliária.

 

“É uma área que a gente precisa que a Justiça venha fazer uma investigação porque nós temos conhecimento que ela tem mais de cinco pessoas dizendo que são donas, com documentos diferentes em cima da mesma área e a área é da União”, ressaltou Aderaldo.

 

A produção da TV Anhanguera procurou uma das empresas que seriam proprietárias da área. Os responsáveis informaram que não sabiam da desocupação e disseram que possuem a documentação do terreno.

 

As Polícias Militar e Civil informaram que não foram solicitadas para acompanhar a demolição dos barracos.

 

 

Redação

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